terça-feira, 24 de maio de 2011

Podemos identificar distúrbios mentais desde a pré-escola !

 O psiquiatra Timothy Brewenton, especialista em infância e adolescencia, e estudioso de casos de tiroteios em escola, como a de Columbine, nos Estados Unidos, afirmou que o caso da tragédia na escola Tarso da Silveira, em Realengo, poderia ser evitada, caso Wellington de Oliveira, tivesse sido avaliado na infância e recebido tratamento adequado.


Timothy esteve esta semana no Brasil com mais sete psiquiatras e um psicólogo norte-americanos para conhecer o trabalho de algumas instituições que desenvolvem serviços para a infância e adolescencia.


O pesquisador deu uma palestra para estudantes do curso de psiquiatria infantil da Santa Casa de Misericórdia, no centro do Rio de Janeiro.


"Há muitos distúrbios mentais associados à violência que podem ser identificados precocemente e, se tratados, é possível sim, evitar que esse indivíduo se transforme num futuro antissocial ou psicopata. Por isso, segundo ele, o papel do Estado é vital, oferecendo um programa educacional e de saúde voltado para a pré-escola", diz Timothy.


O médico explicou que a maioria das doenças mentais se desenvolve na infância e na adolescência. "E este é o momento de intervir, pois faz uma enorme diferença, e pode determinar o futuro dessa criança ou adolescente".


Brewenton disse que embora o bullying (agressões entre os alunos) esteja associado a 75% dos casos de ataques a escolas, este não é o fator determinante, mas sim, o fato de que todos os atiradores que sofreram de bullying apresentavam transtornos mentais. O psiquiatra alertou, no entanto, que a prática de bullying é responsável por muitos problemas de saúde mental e devem ser reprimidos.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Como Inflamar a Indignação Hostil ?


http://www.ted.com/talks/lang/por_br/philip_zimbardo_on_the_psychology_of_evil.html
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Um Herói de verdade tem de ser um Divergente, sempre contra a Conformidade do Grupo !
Heróis são pessoas comuns, cujas ações sociais são Extraordinárias e muitas vezes Anônimas.
Eles agem enquanto as pesoas são passivas...
E Agem de modo Sociocêntrico...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

TDAH - RELACIONAMENTO LOKO, BOM DEMAIS !

Os últimos românticos: emoção em excesso e escassez de razão...
Como dizia o poeta: ”Amar só se aprende amando.” E é exatamente isso
que se deve aprender ao amar ou ser amado por alguém com DDA.
É verdade que tal citação vale para qualquer tipo de relação amorosa, no
entanto amar uma pessoa com comportamento DDA pode exigir maestria e grande
habilidade na arte de amar, uma vez que as relações amorosas, nestes casos,
costumam ter a mesma intensidade dos loopings das montanhas-russas
americanas. A imagem figurativa é exatamente esta, pois tudo pode acontecer
nessas relações num espaço de tempo tão curto que os amantes podem chegar
ao ponto de duvidar da realidade dos fatos. Amar um DDA pode significar ter sua
vida virada de ponta-cabeça em poucos minutos.
Como foi visto anteriormente, as três principais características do
comportamento DDA são a desatenção, hiperatividade e impulsividade. A forma de
amar também será influenciada por essa tríade de intensidade variável. Mas uma
coisa é certa: em todos os casos sobra emoção e quase sempre falta razão.
Mentes inquietas parecem não possuir nenhum pequeno espaço que seja para
abrigar a velha e cansada amiga RAZÃO.
Um DDA com hiperatividade física e impulsividade assemelha-se a um
grande ”tornado” apaixonado. É capaz de conhecer alguém, apaixonar-se
perdidamente, casar, brigar, odiar, separar, divorciar e tornar a casar-se; tudo em
menos de um mês. Exagero? É, talvez estas pessoas sejam os ”últimos
românticos do litoral atlântico” (Lulu Santos) ou ainda os exagerados que se jogam
a seus pés com mil rosas roubadas (à la Cazuza). Eles tendem a sentir todas as
emoções de modo muito mais intenso do que a maioria sequer pode imaginar.
Quando se apaixonam, estão realmente apaixonados, toda sua atenção volta-se
para esse sentimento sem que possam controlar tal impulso, ficam literalmente
cegos de paixão
”...como um estado de estresse permanente. Muita gente fica estressada
com seus problemas de trabalho, responsabilidades, contas a pagar, essas
coisas... mas referem-se ao amor como o porto seguro onde recarregam as
baterias. Pra mim sempre foi muito diferente. Eu me estresso com tudo isso que
citei e também com meus relacionamentos amorosos! Não consigo controlar o
impulso, a necessidade mesmo, de me fundir com a mulher que amo. E se ela não
entende isso, e geralmente não entende, o problema é grande. Eu não recarrego
as baterias com a mulher que amo... Quando estou com ela, minhas baterias
entram em curto e soltam faíscas... Sabe aquela recomendação: não jogue pilhas
no fogo? Bom, eu simplesmente não consigo tirá-las de lá."

OBS: Nesta situação o Metilfenidato me ajudou de maneira moderada ! (Fernando Vasserstein)

Do livro Mentes Inquietas

TDAH SEM BULLY - MUITO AMOR PELA VIDA !



Para o adulto COM TDAH, aprender a controlar ou mesmo redirecionar seus
impulsos (para esportes, artes etc.) pode muitas vezes ser uma questão de vida ou
morte, ou melhor, uma questão de escolher viver a vida em sua plenitude ou
buscar o fim antes do último capítulo. No entanto, o que se vê, na maioria absoluta
dos TDAH, é que, no fundo de suas essências, eles têm um profundo amor à vida,
tanto que passam a maior parte de seu tempo buscando emoções, aventuras,
projetos, amores, tudo para viver mais intensamente. Arriscaríamos dizer que os
TDAH jamais buscam a morte. Às vezes, quando mesmo sem querer chegam bem
perto dela, não era para lá que se dirigiam e sim para a vida, esta vida que, para
eles, de tão interessante, por vezes chega a doer. E é na busca dessa vida dentro
da vida que está o impulso mais forte de todo TDAH. Para eles tudo é MUITO. Muita
dor, muita alegria, muito prazer, muita fé, muito desespero. E, se pudermos fazêlos
ver a força que esse impulso pode ter, quando bem direcionado, na construção
de uma vida que valha tanto para eles como para a humanidade, teremos feito a
nossa parte nesse processo.
Ser TDAH tem um lado MUITO bom, desde que o seu grau de Hiperatividade não tenha feito você ser expulso de todas as escolas.
Os TDAH podem ter grandes qualidades: simpáticos, falantes, comunicativos, inteligentes, energia inesgotável, idéias novas e brilhantes (embora nem sempre sejam levadas adiante).
Criativos, pioneiros, inventores, não vivem sempre de modo politicamente correto. Assumem e correm riscos, defendem idéias, em parte pela falta de freio, de filtro social e pela impulsividade.
Podem ser muito sexuais, gostam de simetria, de coisas bonitas e de novidades.
Muitos descobrem um interesse especial onde conseguem "hiperconcentrar"

OBS: Nesta situação o Metilfenidato, Academia e Ciclismo me ajudou de maneira mediana ! (Fernando Vasserstein)

Do livro Mentes Inquietas

quarta-feira, 4 de maio de 2011

TDAH E A BUSCA DE CONFLITOS



Inconscientemente indivíduos com TDAH buscam conflitos nas interações humanas como uma maneira de estimular o próprio córtex pré-frontal. Eles não se dão conta que fazem isso, mas quem está ao redor percebe! O córtex pré-frontal hipoativo anseia por mais atividade. Provocar confusão é uma maneira de auto-estimulação pré-frontal! Muitas crianças se envolvem em brincadeiras irritantes sem se dar conta do mal-estar que causam nas outras pessoas.
Outra maneira de auto-estimulação em indivíduos com TDAH é preocupar-se com problemas ou se concentrar neles. Isso produz cortisol que ativa o cérebro. Esse comportamento "incomodativo" deveria ser o foco de qualquer terapia adjuvante no tratamento desses pacientes. Em suma, fique atento para pessoas que são muito raivosas, criam tumultos emocionais e focalizam aspectos negativos das coisas. Pode ser uma maneira viciante de estimular os seus cérebros hipoativos! A propósito, um dos transtornos comórbidos com TDAH é justamente o transtorno de oposição e desafio, bastante prevalente nessa população. Agora entendemos melhor os motivos cerebrais e neuroquímicos envolvidos!

OBS: Nesta situação o Metilfenidato me ajudou muito ! (Fernando Vasserstein)

www.neuronios-saudemental.blogspot.com

segunda-feira, 2 de maio de 2011

TDAH: A DIFÍCIL ARTE DE MANTER / FAZER AMIGOS E NAMORADAS !


Sincericídio é um neologismo que, segundo alguns, resulta da junção das palavras 'sinceridade' e 'homicídio', indicando o ato de matar alguém, moral e psicologicamente, por um excesso de sinceridade. Para outros, no entanto, sincericídio seria uma junção de 'sinceridade' com 'suicídio', insinuando que aquele que faz tal prática também colhe os frutos podres do excesso cometido, numa espécie de suicídio social. Sendo assim, qualquer que seja a vertente explanatória da nova palavra, sincericídio está ligado a uma falta de bom senso, uma invasão da individualidade alheia, um excesso na emissão de julgamentos sobre o outro, frequentemente resultante da ausência de filtros racionais de escolha das palavras. Como já dizia a metáfora neotestamentária, a língua é semelhante a uma faísca, que tem o poder de incendiar toda uma plantação.

O TDAH é bem difundido por suas três características principais: desatenção, hiperatividade e impulsividade. O que pouco se discute, todavia, é que a terceira delas, a impulsividade, mais comum em homens que nas mulheres, está intimamente ligada à principal qualidade e também defeito de um portador de TDAH. TDAs costumam ser conhecidos por sua sinceridade. Não que isso seja sempre visto como uma vantagem. Ao contrário, as pessoas que convivem com TDAs, família, colegas de trabalho e amigos, tendem a se acostumar com os apimentados comentários acerca de sua aparência, defeitos ou desvantagens. São frase do tipo: “seu cabelo é sempre tão bagunçado!”, “você se veste tão mal!”, “você precisa cuidar desses culotes!”, “que mal cheiro! Acabou o desodorante lá no mercado?”, etc.

A maioria das pessoas, tentam levar o amigo ou familiar sincericida na esportiva, como se seus comentários fossem uma tentativa mal sucedida de criar humor. Muitos desses TDAs passam a ser 'conhecidos' por essas suas péssimas piadas. E o pior, eles mesmos não percebem o quanto podem magoar ou prejudicar seus entes queridos através de sua 'inocente' sinceridade.

O fato é que se uma pessoa pratica o sincericídio por causa do TDAH, ela realmente não deve perceber que faz algo ruim com as pessoas que vitima. O TDA sincericida, no papel de pai, destrói a auto-estima de seus filhos e, no papel de professor, pode causar o rebaixamento cognitivo dos alunos com mais dificuldade. Portanto, se você vive ao lado de uma pessoa assim, lembre-se que o primeiro passo, é retirar das cenas de sincericídio, qualquer vestígio de humor. Converse com a pessoa, alerte para a gravidade dos comentários que ela faz e para as consequências provocadas para quem sofre o comentário e para ela mesma, que perde a estima dos outros.

No portador do TDAH, o sincericídio deve ser causado pela impulsividade associada à baixa atividade do córtex pré-frontal, causando evidente prejuízo na funções executivas como a inibição de comportamentos indesejáveis, como o sincericídio e o consumismo. Portanto, embora as medicações psico-estimulantes, sejam bastante eficazes na reativação do córtex pré-frontal, apresentando evidente aumento das funções executivas, também é muito importante que, seja via terapia cognitivo-comportamental, ou pela diálogo, o portador do TDAH seja conscientizado por seus convíveres, sempre que cometer sincericídio, numa constante tarefa de imposição e restabelecimento de limites para seus atos.

Um abraço a todos e bom trabalho no combate ao sincericídio!

OBS: Nesta situação o Metilfenidato me ajudou muito ! (Fernando Vasserstein)

Professor Sean Mardem

Bullying e TDAH

O bullying ou, em termos mais nacionais, o assédio moral, é a prática de ações, preconceituosas ou discriminatórias, de um indivíduo ou grupo, em situação de vantagem, sobre um outro indivíduo, a vítima. Tais práticas causam evidentes prejuízos, nos âmbitos psicológico, social e físico. Há diversos anos esse tipo de abuso vem sendo denunciado, principalmente nas escolas norte-americanas. No Brasil, a discussão ainda é tímida, a despeito de reportagens em veículos de grande circulação.

O que se propõe aqui é uma reflexão um pouco mais adiantada em relação ao TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade – e a prática de bullying. O portador do TDAH, em sua versão combinada, a que reuni os sintomas do déficit de atenção aos sintomas da hiperatividade, como a impulsividade e a agressividade, mostra-se muitas vezes, especialmente quando parte de um contexto familiar de repressão e castração psicológica, por conta do desconhecimento do transtorno e de posturas intolerantes, um indivíduo propenso a hiper-reações com sinais de cólera, rancor e violência.

Não se propõe aqui que o portador de TDAH seja uma pessoa violenta, mas que a impulsividade, regada por um contexto familiar inadequado, além de traumas e rotulações resultantes dos tradicionais mecanismos escolares de exclusão dos diferentes, podem criar o terreno perfeito para o desenvolvimento de uma personalidade autoritária e violenta. Assim, haveria alguma relação entre o TDAH não tratado, entre tal terreno psíquico resultante e algumas práticas de bullying, agora em voga?

Este questionamento aponta para a necessidade premente de mais estudos ligados ao TDAH e para a importância inegável da divulgação do conhecimento deste transtorno entre professores e pais de alunos. O diagnóstico precoce representa, assim, não apenas a chance de uma futuro melhor e mais digno para milhões de brasileiros, mas a possibilidade de que as hoje vítimas deste transtorno devolvam o descaso plantado pela sociedade na forma de prejuízos outros para ela mesma.

Professor Sean Mardem