quinta-feira, 5 de maio de 2011

TDAH - RELACIONAMENTO LOKO, BOM DEMAIS !

Os últimos românticos: emoção em excesso e escassez de razão...
Como dizia o poeta: ”Amar só se aprende amando.” E é exatamente isso
que se deve aprender ao amar ou ser amado por alguém com DDA.
É verdade que tal citação vale para qualquer tipo de relação amorosa, no
entanto amar uma pessoa com comportamento DDA pode exigir maestria e grande
habilidade na arte de amar, uma vez que as relações amorosas, nestes casos,
costumam ter a mesma intensidade dos loopings das montanhas-russas
americanas. A imagem figurativa é exatamente esta, pois tudo pode acontecer
nessas relações num espaço de tempo tão curto que os amantes podem chegar
ao ponto de duvidar da realidade dos fatos. Amar um DDA pode significar ter sua
vida virada de ponta-cabeça em poucos minutos.
Como foi visto anteriormente, as três principais características do
comportamento DDA são a desatenção, hiperatividade e impulsividade. A forma de
amar também será influenciada por essa tríade de intensidade variável. Mas uma
coisa é certa: em todos os casos sobra emoção e quase sempre falta razão.
Mentes inquietas parecem não possuir nenhum pequeno espaço que seja para
abrigar a velha e cansada amiga RAZÃO.
Um DDA com hiperatividade física e impulsividade assemelha-se a um
grande ”tornado” apaixonado. É capaz de conhecer alguém, apaixonar-se
perdidamente, casar, brigar, odiar, separar, divorciar e tornar a casar-se; tudo em
menos de um mês. Exagero? É, talvez estas pessoas sejam os ”últimos
românticos do litoral atlântico” (Lulu Santos) ou ainda os exagerados que se jogam
a seus pés com mil rosas roubadas (à la Cazuza). Eles tendem a sentir todas as
emoções de modo muito mais intenso do que a maioria sequer pode imaginar.
Quando se apaixonam, estão realmente apaixonados, toda sua atenção volta-se
para esse sentimento sem que possam controlar tal impulso, ficam literalmente
cegos de paixão
”...como um estado de estresse permanente. Muita gente fica estressada
com seus problemas de trabalho, responsabilidades, contas a pagar, essas
coisas... mas referem-se ao amor como o porto seguro onde recarregam as
baterias. Pra mim sempre foi muito diferente. Eu me estresso com tudo isso que
citei e também com meus relacionamentos amorosos! Não consigo controlar o
impulso, a necessidade mesmo, de me fundir com a mulher que amo. E se ela não
entende isso, e geralmente não entende, o problema é grande. Eu não recarrego
as baterias com a mulher que amo... Quando estou com ela, minhas baterias
entram em curto e soltam faíscas... Sabe aquela recomendação: não jogue pilhas
no fogo? Bom, eu simplesmente não consigo tirá-las de lá."

OBS: Nesta situação o Metilfenidato me ajudou de maneira moderada ! (Fernando Vasserstein)

Do livro Mentes Inquietas

TDAH SEM BULLY - MUITO AMOR PELA VIDA !



Para o adulto COM TDAH, aprender a controlar ou mesmo redirecionar seus
impulsos (para esportes, artes etc.) pode muitas vezes ser uma questão de vida ou
morte, ou melhor, uma questão de escolher viver a vida em sua plenitude ou
buscar o fim antes do último capítulo. No entanto, o que se vê, na maioria absoluta
dos TDAH, é que, no fundo de suas essências, eles têm um profundo amor à vida,
tanto que passam a maior parte de seu tempo buscando emoções, aventuras,
projetos, amores, tudo para viver mais intensamente. Arriscaríamos dizer que os
TDAH jamais buscam a morte. Às vezes, quando mesmo sem querer chegam bem
perto dela, não era para lá que se dirigiam e sim para a vida, esta vida que, para
eles, de tão interessante, por vezes chega a doer. E é na busca dessa vida dentro
da vida que está o impulso mais forte de todo TDAH. Para eles tudo é MUITO. Muita
dor, muita alegria, muito prazer, muita fé, muito desespero. E, se pudermos fazêlos
ver a força que esse impulso pode ter, quando bem direcionado, na construção
de uma vida que valha tanto para eles como para a humanidade, teremos feito a
nossa parte nesse processo.
Ser TDAH tem um lado MUITO bom, desde que o seu grau de Hiperatividade não tenha feito você ser expulso de todas as escolas.
Os TDAH podem ter grandes qualidades: simpáticos, falantes, comunicativos, inteligentes, energia inesgotável, idéias novas e brilhantes (embora nem sempre sejam levadas adiante).
Criativos, pioneiros, inventores, não vivem sempre de modo politicamente correto. Assumem e correm riscos, defendem idéias, em parte pela falta de freio, de filtro social e pela impulsividade.
Podem ser muito sexuais, gostam de simetria, de coisas bonitas e de novidades.
Muitos descobrem um interesse especial onde conseguem "hiperconcentrar"

OBS: Nesta situação o Metilfenidato, Academia e Ciclismo me ajudou de maneira mediana ! (Fernando Vasserstein)

Do livro Mentes Inquietas